About Maps to Cover Bodies

Maps to Cover Bodies (“Map is not the Territory” series), 2015-2017

Clothing covers, protects, hides, defines and conditions. Clothing communicates, it’s a “sign” within a system of specific codes that reveal the meaning of an individual’s role in society (Humberto Eco). Clothing is an artifact of culture with symbolic potential – it is an indicator of differentiation or identification (belonging) between individuals and groups in various social, historical, cultural, economic, religious, ideological contexts.
This series explores the idea of ​​clothing in “status nascendi”, clothing as an abstraction, clothing imagined between the rigor of measurement and the geometry of the patterns used to cut the fabrics that, as maps (models of reality), suggest different and possible readings and provide the experience that precedes the stage of “dressing the body”, of “determining a social body”, a broader meaning.

The map, the cartography of clothing patterns, as an imperfect and abstract “model of reality”, always depends on an interpretation. “The map is not the territory”, says Alfred Korzybski. Clothing sewing patterns are maps that anticipate the territory, a geometry which refers to the memory of the construction of a second territory/skin, – clothing – reconfigured by the viewer.
According to Denis Cosgrove, the maps can also communicate memory, imagination, contemplation, and indicate the presence of what the eye has not seen. “The measure of the mapping is not restricted to the mathematical, it may equally be spiritual, political or moral (…). Acts of mapping are creative, sometimes anxious, moments in coming to knowledge of the world, and the map is both the space embodiment of knowledge and a stimulus to further cognitive engagements “.

The representation of the naked body, the same body, disarmed, vulnerable, prior to awakening and before wearing its role also serves to reaffirm this idea.


Mapas para cobrir corpos (Série “O Mapa nāo é o Território”), 2015-2017

A roupa cobre, protege, oculta, define, condiciona. A roupa comunica e é um “sinal” dentro de um sistema de códigos específicos que revela o significado do papel de um indivíduo na sociedade (Humberto Eco). A roupa é um artefacto da cultura com potencial simbólico – é um indicador de diferenciação ou de identificação (pertença) entre indivíduos e grupos nos vários contextos sociais, históricos, culturais, económicos, religiosos, ideológicos.
Esta série explora a ideia da roupa em “status nascendi”, a roupa como abstração, a roupa imaginada entre o rigor da medida e a geometria dos padrões/moldes usados para cortar os tecidos que, como mapas (modelos da realidade), insinuam diferentes e possíveis leituras e proporcionam à experiência que antecede a etapa de “vestir o corpo”, de “determinar um corpo social”, um sentido mais alargado.

O mapa, a cartografia dos padrões de corte da roupa, como “modelo da realidade” imperfeito e abstrato, depende sempre de uma interpretação. “O mapa não é o território”, diz Alfred Korzybski.
Padrões de costura de roupas são mapas que antecipam o território, uma geometria que remete à memória da construção de um segundo território/pele, – a roupa – reconfigurado pelo espectador.
Segundo Denis Cosgrove, os mapas podem comunicar também memória, imaginação, contemplação e indicar a presença do que o olho não viu. “A medida do mapeamento não se restringe ao matemático, pode ser igualmente espiritual, política ou moral (…). Atos de mapeamento são momentos criativos, às vezes ansiosos, para chegar ao conhecimento do mundo, e o mapa é tanto a incorporação espacial do conhecimento quanto um estímulo para novos engajamentos cognitivos”.

A representaçāo do corpo nu, o mesmo corpo, desarmado, vulnerável, prévio despertar e antes de vestir o seu papel serve também para reafirmar esta ideia